Jorge Zanatta, fundador da Imbralit em 1974, faleceu em 2008, deixando um legado de pioneirismo e empreendedorismo para Santa Catarina. Rui Inocêncio, que conviveu com ele por quase três décadas e foi executivo da Imbralit por 35 anos, relembra com saudade o empresário visionário e ser humano adorável. Em 2024, ano em que Zanatta completaria 100 anos, sua história continua sendo celebrada por sua influência no setor industrial e na vida cultural e social de Santa Catarina.
O começo de uma paixão: a infância e o primeiro contato com vendas
Jorge Zanatta, fundador da Imbralit, nasceu em 28 de outubro de 1924 na Linha Torrens, Morro da Fumaça. Desde jovem, trabalhou no trabalho e em negócios familiares, desenvolvendo desde cedo habilidades de trabalho. Aos 15 anos, iniciou sua trajetória no comércio na loja de tecidos de Nico e Santos Guglielmi, onde se destacou por seu talento em vendas. Seu espírito empreendedor transformou a indústria catarinense, com a Imbralit se consolidando como líder em telhas de fibrocimento no Sul do Brasil.
Entrando no mundo do empreendedorismo, Jorge Zanatta criou empresas prósperas em diferentes ramos
Em 1946, Jorge Zanatta mudou-se para Criciúma, onde trabalhou na loja de ferragens de seu irmão. Em 1956, fundou sua própria empresa, “Jorge Zanatta & Cia. Ltda.”. Nos anos seguintes, ele criou várias empresas, incluindo a Canguru Embalagens (1970), Promove (1973), Descartáveis Zanatta (1974), Servimec (1974) e Imbralit (1974), expandindo-se para setores como agropecuária e transporte de cargas. Rui Inocêncio destaca a coragem e entusiasmo de Zanatta, que sempre incentivou sua equipe a enfrentar desafios com vibração.
Zanatta recebeu o reconhecimento pelo seu trabalho e conquistas
Além de seus empreendimentos, Jorge Zanatta teve um impacto significativo na comunidade catarinense. Foi cofundador do Lions Clube de Criciúma em 1959 e, em 1993, foi homenageado pelo “Centro Cultural Jorge Zanatta”. Entre outras honrarias, recebeu o título de “Cidadão Honorário de Criciúma” (1996), a Medalha de Colaborador Emérito do Exército Brasileiro (2000), a Ordem do Mérito Industrial de SC (2006), e a Medalha Carl Hoepcke (2007). Em 2009, um trecho da rodovia de Criciúma foi nomeado em sua homenagem.